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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
Ao Chile numa moto - 8º dia
Postado por
Danne MCA
às
17:00
Acordamos
às 4h, tomamos o desayuno previamente preparado pelo dono do hotel e
fomos para a porta aguardar o Carlos chegar com a van.
Subimos
a uma altitude de aproximadamente 4300 metros, num frio de – 9.6°C.
Foi a primeira vez que experimentei uma temperatura abaixo do 0.
Dessa vez fomos bem agasalhados. Eu vesti praticamente todas as
minhas roupas, mais a roupa de cordura que utilizo ao pilotar, uma
balaclava, touca e luvas. Não passei frio.
Quase frio...
Os
gêisers não jorram água a uma altura considerável, mas o vapor ,
esse sim , vai bem alto.
Ninjas
No local
há uma piscina natural, de água quente onde os mais corajosos se
aventuram. Eu adoro água, não podia ficar de fora. Assim que me
despi e fiquei só de sunga para encarar a água, não senti tanto
frio, acho que era a expectativa que me aquecia. Assim que entrei na
água fiquei totalmente relaxado, a sensação da água quente e ver
todo mundo do lado de fora parecendo um grupo de esquimós era
estranha. Não parecia que dividíamos o mesmo espaço.
Percebi
que a maioria dos que se atreviam a entrar na água eram europeus. O
ponto mais disputado da piscina era no começo dela, por onde a água
chegava, bem mais quente que na parte mais funda. Por lá, a
temperatura era tão alta que eu mal conseguia ficar parado ou tocar
o chão, todo em pedras, quase fervendo. Decidi ficar no meio, onde a
temperatura era mais agradável.
Piscina aquecida naturalmente.
Sair da
piscina foi mais complicado que entrar, ali o choque térmico foi
grande. Rapidamente me sequei e vesti todas as camadas de roupas que
tinha, exceto a de cordura, já não fazia tanto frio como quando
chegamos.
Tomamos
um café da manhã por ali mesmo e depois seguimos para ver outros
gêisers, alguns com força para jogar água por quase 2 metros de
altura.
Geisers de todo tipo.
Nosso
guia nos contou que a alguns meses, uma turista faleceu ao cair numa
das fontes de água quente enquanto fazia fotos do local. Hoje temos
pedras delimitando os locais seguros por onde podemos passar, sem
correr o mesmo risco.
Saímos
da região dos gêisers e seguimos até o povoado de Machuca, uma
vila antiga de criadores de Lhamas, como chegamos tarde, não tivemos
a oportunidade de provar um espetinho de carne de Lhama.
Machuca
Voltamos
para o hotel, e fomos buscar um local para almoçar. Descansamos e já
nos preparamos para o último passeio, a visita a Laguna Cejar.
Encontramos
com o Carlos na porta da ‘oficina’ e de lá partimos para a
Laguna Cejar, no meio do Salar do Atacama. Sua concentração de sal
é tão intensa que o nível de flutuação é maior que o do Mar
Morto. Localizado a apenas 20 km de San Pedro e praticamente na mesma
altitude, o clima é agradável, não faz frio, e o convite ao banho
é inevitável.
A dica
do Carlos foi somente essa, não mergulhe, não molhe a cabeça. Há
tanto sal na água que você se sente petrificado ao sair da água.
Não queria nem imaginar uma gota daquela água caindo em meus olhos.
A força que a água faz ao te empurrar para cima é enorme. Não dá
para afundar. Ainda bem, porque a profundidade da lagoa é
desconhecida. Só tenha cuidado com a câmera, essa afunda com
facilidade.
Boiando sem esforço.
Saímos
do banho na Laguna e corremos para tirar o sal com água doce,
gelada, disponível ao lado dos banheiros que há no local. Por mais
que tentamos, o sal não sai fácil, tiramos o que deu, trocamos a
roupa de baixo e voltamos a nos agasalhar, pois o vento quando
começa, traz com ele aquela sensação térmica de muito frio.
Seguimos
então para os Ojos del Salar. Duas lagoas de água doce que do alto
se parece com olhos no meio do Salar do Atacama. É possível se
banhar por lá também, mas não arriscamos. Tiramos algumas fotos no
meio do Salar e continuamos até a Laguna
Tebinquiche, onde
pudemos ver o por do sol acompanhado de uns snacks e suco, ou Pisco
Sour, para os que sentem saudades da caipirinha brasileira.
Um dos ojos...
Aguardando mais um por do Sol.
Com
esse passeio terminamos nossa aventura por San Pedro de Atacama. Por
lá encontramos vários outros motociclistas brasileiros, incluindo
os paulistas que conhecemos em Campo Mourão. Esse grupo me disse que
só iriam até ali. Não chegariam nem mesmo a seguir até a Mão do
Deserto. Voltariam pelo mesmo caminho da vinda, com um pequeno desvio
até a entrada da Bolívia.
Um
outro motociclista que conhecemos foi o Coronel Motta Lima, um
conterrâneo, de Salvador, que estava viajando sozinho em sua Yamaha
Super Tenere 1200cc. Voltaríamos a encontrar o Motta em Antofagasta,
e em Caldera, onde nos despediríamos e continuaríamos os contatos
apenas por WhatsApp, pois ele iria mais ao sul do Chile, sem datas
para retorno ao Brasil.
Conterrâneo Coronel Motta Lima.
Também
fizemos amizade com um casal dinamarquês, o George e a Lene, que
estão cruzando o Chile e a Argentina de carro.
O simpático casal Dinamarquês, George e Lene.
A
noite no hotel foi para reorganizar as coisas dentro dos baus e
voltar a rotina da estrada, despedindo das belezas de San Pedro, mas
continuando a percorrer o grande Atacama.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
Ao Chile numa moto - 7º dia
Postado por
Danne MCA
às
17:00
O dia
hoje começou cedo. Como sairíamos antes do início do desayuno do
hotel, eu pedi para o proprietário se havia a possibilidade dele
adiantar um café, ele disse que não tinha como, já que as padarias
não abririam tão cedo. Ele então preparou um pequeno lanche, e
deixou em nosso quarto, na noite anterior. Essa é uma prática comum
nos hotéis por lá, mas você deve avisar com antecedência, se não
fica sem.
A van do
Carlos veio nos buscar na porta do hotel, alguns minutos depois do
horário combinado. De lá seguimos para a reserva nacional dos
Flamingos. Pudemos observar vários deles, se alimentando, numa
espécie de dancinha, para fazer o alimento se soltar do fundo do
lago e ficar mais fácil para a coleta. De lá seguimos para as
Piedras Rojas, numa altitude de aproximadamente 4000 metros, o frio
impera. Nem tanto pela temperatura ambiente, mas pela sensação
térmica, já que venta muito. Fomos bem agasalhados, mas nem tanto,
passamos muito frio. Nada que atrapalhasse vislumbrar a beleza do
local.
Flamingos flamingando...
e voando...
No
caminho tivemos o prazer de encontrar com a bela fauna do deserto,
muitas aves, alguns mamíferos, Vicunas, Lhamas, uma espécie de
roedor que se parece com um coelho e até mesmo uma raposa.
Vicunhas...
...Vizcachas...
e vi raposa.
Depois
de visitar Piedras Rojas, almoçamos num pequeno restaurante, que
estava incluso quando contratamos o passeio, e de lá partimos para
as Lagunas Altiplanticas. São duas lagunas, de um azul intenso. A
Laguna Minique e a Laguna Miscanti
Piedras Rojas
Lagunas Altiplanticas
Terminado
os passeios, retornamos ao hotel, saímos para jantar e tratamos de
descansar, no dia seguinte acordaríamos bem cedo, rumo aos geisers.
domingo, 14 de fevereiro de 2016
Ao Chile numa moto - 6º dia
Postado por
Danne MCA
às
17:00
No
primeiro dia de descanso em San Pedro, fomos buscar por uma casa de
câmbio ou um caixa eletrônico, pois até o momento não tínhamos
nada em peso Chileno. Como as taxas das casas de câmbio estavam
muito ruins, optamos por sacar dinheiro direto do caixa eletrônico.
Com 'efectivo' em mãos, fomos atrás das empresas de turismo. San
Pedro é famosa por oferecer diversos passeios pela região, que
podem ser feitos de modo particular, mas estávamos em busca de
sossego, a aventura fica por conta da viagem em si.
Fizemos
um orçamento com várias empresas e acabamos fechando o contrato com
uma meio termo, nem a mais cara nem a mais barata.
Já
tinha uma ideia de quais passeios faria, isso agilizou o processo de
pesquisa. Os passeios ficaram divididos da seguinte forma:
Dia 1 –
a tarde, passeio ao Valle de La Luna, com visita ao Valle de la
Muerte. A noite, tour astronômico.
Dia 2 –
Passeio Piedras Rojas, um passeio que inclui visita as Lagunas
altiplanicas, a Reserva Nacional dos Flamingos.
Dia 3 –
manhã, Geisers del Tatio, passando pelo povoado de Machuca, com
vista para o vulcão Putana. Tarde, Laguna Cejar.
Com os
passeios contratados, fomos procurar um restaurante e conhecer um
pouco da cidade. San Pedro é uma cidade pequena, com ruas não
pavimentadas, seus imoveis não podem ultrapassar uma certa altura e
todos devem ter as cores branca ou marrom. A maioria da população é
de turistas, do mundo todo. Encontramos muitos brasileiros, inclusive
trabalhando com turismo, muitos europeus, e muitos chilenos, que eram
maioria no nosso grupo de passeios.
Avenida Caracoles
Voltamos
para o hotel para nos preparamos para o primeiro passeio, ao Valle de
La Luna. Como o passeio era a tarde, o ponto de encontro foi na porta
da 'oficina', onde contratamos os tours. Foi lá que conhecemos o
Carlos, nosso guia.
O Valle
de La Luna fica bem próximo da cidade de San Pedro. Tem um visual
realmente “extraterrestre”. Não se vê vegetação, é tudo
pedra, ou melhor, é tudo sal. Antes de chegar ao Valle de La Luna,
nosso guia, Carlos, nos levou ao Valle de La Muerte, onde temos uma
visão de diferentes formações rochosas ao fundo, e também ao
imponente vulcão Licancabur, que pode ser visto praticamente de
qualquer lugar da região.
Vale de la Muerte
Saindo
do Valle de La Muerte, seguimos para um local bastante frequentado, a
pedra do Coiote. Um ótimo local para fotos, numa pedra quase
suspensa, um precipício logo abaixo deixa as fotos com um ar
cinematográfico.
Não olhe para baixo...
Chegamos
então no Valle de La Luna. Recomenda-se não levar mochilas ou
outros objetos que dificulte sua movimentação, pois passamos por
uma espécie de caverna, bem apertada e que exige um certo preparo
físico para ser desbravada. Há pontos em que é preciso rastejar
para continuar seguindo. Claustrofóbicos, sugiro que evitem essa
parte do passeio. Saindo da caverna, brincamos um pouco de escalada e
concluímos o Valle de La Luna, partindo para ver o pôr do sol no
alto de um morro.
Paredes de sal
A subida
a esse morro também exige um pouco de preparo físico, ou algumas
paradas para descanso. Lembre-se que você não está no nível do
mar, e o oxigênio as vezes some. A vista compensa a malhação. De
lá podemos ver toda a beleza do Valle. Um pequeno salar, um
anfiteatro, o vulcão Licancabur, e boa parte das cordilheiras. É
interessante ver tudo aquilo ir mudando de cor, de acordo com a
posição do sol.
Aguardando o por do Sol.
Voltamos
do passeio e fomos descansar para o próximo. O tour astronômico era
um passeio que eu fazia questão de contratar. Sou um astrônomo
amador, adoro observar o céu, e aquela região é uma das melhores
do mundo para isso. Seguimos de ônibus para uma região mais
afastada do centro de San Pedro, para fugir da poluição luminosa e
ter uma visão mais clara do céu.
Ao
chegar fomos recepcionados por um casal, os donos da casa, tivemos
uma breve explicação do universo e então partimos para a
observação de fato. Lá haviam 2 telescópios e um binóculo, mas o
legal mesmo era ver a olho nu. Vários “fireballs” cruzando o céu
do Atacama, uma quantidade enorme de estrelas, a via lactea se
impondo no meio do céu. Como minha máquina não tem um bom ajuste
do tempo de exposição, não pude fazer nenhum registro.
Frio nas estrelas.
Chegamos
já tarde no hotel e fomos dormir para poder aproveitar o passeio do
dia seguinte.
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